Integração, até agora, só com bikes
16/03/2014

FotoJC

Fonte: Jornal do Commercio (PE), Cidades

A intermodalidade, mesmo pequena, está chegando à Região Metropolitana do Recife de bicicleta. A criação dos projetos Bike PE e Porto Leve, uma parce- ria do governo do Estado com o Itaú e a Serttel para o compartilhamento de bicicletas, é o melhor exemplo de que é possível misturar os tipos de transporte. Se por um lado o poder público ain- da esquece a integração carro-transporte público, do outro vem acordando para a importância do uso da bicicleta para complementar deslocamentos urbanos.

O número de estações de compartilhamento de bikes próximo ao metrô e a terminais integrados ainda é irrisório: são apenas sete entre as 70 estações do Bike PE que existem no Recife, Olinda e em Jaboatão dos Guararapes (Monte dos Guararapes, Aeroporto, Shopping, Antônio Falcão e Recife (metrô) e Terminal de Santa Rita). Mas é um come- ço. E, pelos números dos operadores, das 160 mil viagens realizadas desde que o projeto foi criado, em maio de 2013, 56% foram feitas com o uso do VEM, o cartão eletrônico do sistema de ônibus. Desde fevereiro passado quem possui o VEM Estudante e Trabalhador não paga para usar as bicicletas do Bike PE. O sistema, entretanto, não identifica quantas viagens tiveram como objetivo a integração.

Mas a unidade do Bike PE que mais tem movimento é, exata- mente, a localizada na Estação Recife do metrô. O governo argumenta que a meta é ampliar o número de estações próxi- mas ao metrô e aos terminais integrados e que o projeto não começou por elas por questões técnicas, como segurança e espaço para acomodá-las, além da distância entre as unidades. Já o Grande Recife Consórcio de Transporte diz não ter recursos para construir estacionamentos para carros ao lado dos TIs por causa do custo com desapro- priações. Mas que oferta bicicletários em nove dos 18 TIs existentes e que ampliará o número até o fim do ano.